quinta-feira, 9 de setembro de 2010

QUEM FOI ANDRÉ LUIZ? PARTE 2


O ano de 1944 marca a estréia de André Luiz no mercado editorial espírita brasileiro, revolucionando, de certo modo, a concepção geral acerca da vida pós-túmulo. "Nosso Lar" descreve as atividades de uma cidade espiritual próxima à Terra, e transforma-se em objeto de estudo, discussão e deslumbramento nos círculos espíritas do país.



O espírito que conhecemos como André Luiz, em sua última encarnação, foi um médico brasileiro residente no Rio de Janeiro. Com bons conhecimentos científicos e grande capacidade de observação, foi-lhe permitido relatar, através do médium Francisco Cândido Xavier, suas vivências de espírito desencarnado. Desejando manter o anonimato - possivelmente respeitando parentes ainda encarnados - quando questionado sobre seu nome, respondeu adotando o nome de um dos irmãos de Chico Xavier.

Muitos tentam até hoje em vão identificar quem foi esse médico, comparando biografias de profissionais da época com os parcos detalhes que André Luiz menciona de sua biografia. Só temos meras especulações a respeito de sua verdadeira identidade. O primeiro livro de André Luiz data de 1943. Neste livro ele descreve sua chegada ao plano espiritual, após um período turbulento pelo território umbralino, descrevendo em detalhes curiosos o que viu e vivenciou em uma colônia espiritual, que deu nome ao seu primeiro livro:NOSSO LAR

Após o problema de direitos autorais com Humberto de Campos, acreditamos que o anonimato se justifica e pode ter sido outro motivo para encobrir sua verdadeira identidade.Como ficaria a situação de um médico ilustre que morreu em decorrência de uma obstrução intestinal, oriunda de sífilis?A tumoração intestinal obstrutiva que levara André Luís ao óbito fora diagnosticada na época pelos médicos que o atenderam?


 Por outro lado, o adjetivo “ilustre” não é algo mencionado por André Luís em sua obra.Esse é um discurso sobre ele e não dele.Ele pode ter sido um médico não famoso, porque não?!?  Porque teria que ser famoso?!? Isso não diminui em nada sua competência e sucesso profissional.Especulações a parte, o mais importante não é sua identidade para os espíritas, tampouco a veracidade para os não espíritas, mas o conteúdo humano de suas obras, que nos permitem refletir mais sobre a vida do que a “morte” propriamente dita.

Infelizmente, existem pessoas mais preocupadas com a comprovação de sua real existência, tentando descobrir sua verdadeira identidade.Como se isso fosse necessário para acreditar ou não na imortalidade do espírito.Se quiserem comprovar ou não a existência da imortalidade da alma e do fenômeno da reencarnação, então, recorram a ciência.Hernani Guimarães de Andrade, brasileiro, e Ian Stevenson, norte-americano, realizaram diversos estudos sobre reencarnação.Repliquem esses estudos.

Leiam os livros de Chico (quem quiser ler) respeitando o direito ao anonimato de seus espíritos.As divagações nessa área são medíocres, se considerarmos a premência da reforma íntima que cada um deve buscar em si. Anonimamente.


ANJO 

Respeitem os direitos autorais

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