segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Céu e Inferno



(...)  a felicidade ou infelicidade depende de nosso grau evolutivo e das virtudes e progressos que alcançamos, que nos dão a possibilidade de adquirir o bem que nos falta, sendo de cada um o mérito de sua evolução. Não há uma única imperfeição que não acarrete uma funesta conseqüência para a alma, assim como não há sequer uma única qualidade, por menor que seja, que não seja fonte de uma satisfação. Pode-se dizer portanto que a soma de penas é proporcional a soma de nossas imperfeições e a dos gozos referentes a somatória de nossas qualidades. O futuro é aberto a todas as criaturas. A elas é dado, através do livre arbítrio, a possibilidade de, despojando-se de todo o mal, adquirir o bem através de virtudes e progressos, sendo isto conseqüência da vontade própria e aberto a todas as criaturas.


O inferno está em toda parte , onde quer que haja almas sofredoras; e o céu está, também, na mesma proporção em toda parte onde há almas felizes. Deus faculta os meios de melhoria. Oferece em cada reencarnação um planejamento coerente, de amor e justiça, onde cada qual tem a chance de progredir. Como cada pena equivale às faltas cometidas nas existências pretéritas, devemos nos esforçar para aproveitar ao máximo as experiências adquiridas em cada existência. Sendo portanto a felicidade impessoal, o sofrimento existe em diferentes graus e gêneros, traduzindo as penalidades espíritas em três princípios:
  1. O sofrimento é inerente à imperfeição;
  2. Toda imperfeição traz consigo o próprio castigo com conseqüências naturais e inevitáveis, assim sendo a moléstia pune os excessos e da ociosidade nasce o tédio sem que haja necessidade de uma penalidade específica para cada falta do indivíduo.
  3. Podendo todo homem libertar-se das imperfeições pela própria vontade, pode, igualmente, anular os males consecutivos e assegurar futuras felicidades através de boas obras, de boas ações.
A justiça Divina dá "A cada um conforme a sua obra", embasada que é no princípio da ação e da reação.

A Lei do Progresso dá a toda alma o direito , a possibilidade de adquirir os benefícios que lhe falta. O bem e o mal que fazemos dependem das qualidades que possuímos. A liberdade, sendo qualidade essencial da alma humana dá ao homem a responsabilidade da dignidade e da moralidade, sendo pois estas duas noções, liberdade e moralidade, inseparáveis.(...)

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