sábado, 12 de janeiro de 2008

Especialistas de universidades e da Fiocruz se reúnem para discutir a febre amarela


O Ministério da Saúde (MS) promoveu nesta quinta-feira (10/1) mais uma reunião de especilistas de todo o país para o acompanhamento da situação da febre amarela. A febre amarela urbana não ocorre desde 1942.

Os especialistas examinaram as informações sobre casos de suspeita de febre amarela silvestre entre humanos. De dezembro do ano passado até o momento, o MS recebeu 12 notificações de secretarias de Saúde de Goiás, Minas Gerais, São Paulo e Distrito Federal. Apesar da ocorrência de cinco óbitos, só um caso, o de Brasília, está confirmado como febre amarela silvestre.

A febre amarela silvestre circula em áreas de mata, floresta ou cerrado das regiões Norte e Centro-Oeste e os estados do Maranhão e de Minas Gerais. Essas são áreas consideradas de risco. Além delas, há as regiões de transição (oeste dos estados da Bahia, Piauí, São Paulo, Paraná e Santa Catarina) e a de potencial risco (sul da Bahia e norte do Espírito Santo). A intensificação da vacinação contra a febre amarela é recomendada para todas as pessoas, acima de seis meses de idade, não vacinadas e as que foram vacinadas há dez anos ou mais que residam ou estejam em viagem para essas regiões.

Desde 1999 o Ministério da Saúde acompanha a morte de macacos nas matas, florestas e cerrado como forma de alerta para possível disseminação de febre amarela em humanos. De abril de 2007 até o momento o sistema identificou a intensificação na ocorrência de mortes de PNH em estados considerados de risco para circulação do vírus da febre amarela. Neste período foram notificados episódios de morte de macacos em 136 municípios de nove estados: Goiás, Tocantins, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Piauí, Distrito Federal e Rio Grande do Norte, tendo havido confirmação laboratorial para febre amarela apenas em Goiás, até o momento. Desse total, é importante ressaltar que apenas quatro episódios de mortes de macacos foram confirmados como sendo causadas pelo vírus da febre amarela nos municípios de Aparecida de Goiânia (duas localidades), Goiânia e Jataí.

Ficou ainda decidido na reunião dos especialistas que, superados os episódios em humanos, a área técnica vai investigar porque neste ano está ocorrendo um maior número de mortes em macacos. Nos meses de dezembro de 2007 e janeiro de 2008 houve um aumento significativo das notificações de mortes de macacos em Goiás, com a inclusão de 37 novos municípios em relação aos meses anteriores, alguns deles situados em áreas com grande fluxo de turismo nacional e internacional, como Caldas Novas, Rio Quente e Pirenópolis. No mesmo período foram registradas também mortes de macacos em 24 localidades do Distrito Federal e em seis municípios de Minas Gerais.

FONTE: Agência Fiocruz de Notícias, sábado, 12 de Janeiro de 2008
http://www.fiocruz.br/ccs/cgi/cgilua.exe/sys/start.htm?infoid=1489&sid=9

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