quarta-feira, 16 de maio de 2007

Carta a um poeta

Estudar-te-ei com afinco,
vasculharei teus bosques.
Segure minha mão com graça,
ajude-me a decifrar tua esfinge.
Ajude-me a penetrar tua alma.

Em troca, colocar-te-ei no altar das flores mais belas,
santificarei teus atos,purificarei teus erros,
glorificarei teus textos e enxugarei tuas lágrimas.

Não esquecerei dos risos,ainda que poucos e por motivos vários,revistarei teus cofres.
Oh! Meu novo-velho poeta,
teus vinte e quatro anos foram muito,teus vinte e quatro anos foram nada.
Se tu morres, no meio da estrada,como ficam tuas mãos, vazias?

Confia a esta dama-amiga tuas crenças e amores findos.
Em troca, divulgarei teus lares,
derramarei nos areso cheiro dos versos teus.

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