segunda-feira, 28 de maio de 2007

Ainda ontem pensava que não era

Khalil Gibran em 1898
Foto do mesmo autor

Ainda ontem pensava que não era
mais do que um fragmento trémulo sem ritmo
na esfera da vida.
Hoje sei que sou eu a esfera,
e a vida inteira em fragmentos rítmicos move-se em mim.

Eles dizem-me no seu despertar:
" Tu e o mundo em que vives não passais de um grão de areia
sobre a margem infinita
de um mar infinito."

E no meu sonho eu respondo-lhes:

"Eu sou o mar infinito,
e todos os mundos não passam de grãos de areia
sobre a minha margem."

Só uma vez fiquei mudo.
Foi quando um homem me perguntou:
"Quem és tu?"

Gibran Khalil Gibran
(1883-1931)


Um comentário:

joão m. jacinto & poemas disse...

Aproveito este belo poema " Ainda ontem pensava que não era", para em primeiro lugar agradecer a sua visita e a sua carinhosa mensagem, depois para manifestar meu apreço e admiração pelo seu magnífico, prazeroso blog, onde a originalidade se mistura com qualidade...

Muito sucesso!

Abraços poema,

joão jacinto

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